Anea-Brasil com você em casa! #19
Cortina d'Ampezzo é uma comuna italiana da região do Vêneto, província de Belluno, com cerca de 5 954 habitantes, conhecida por ser uma famosa estação de esqui. Estende-se por uma área de 254,51 km², tendo uma densidade populacional de 23 hab/km².
Na cidade há um conjunto de montanhas que impressiona pela sua grandiosidade e beleza. Le dolomiti, 250 milhões de anos atrás, eram um conjunto de conchas, corais e algas imersas em um mar tropical. Surgidos há 70 milhões de anos, trabalhados pelo tempo e por agentes atmosféricos, hoje representam um magnífico tesouro geológico e conferem à paisagem uma beleza incomparável.
Estas montanhas têm o nome do naturalista francês Déodat de Dolomieu, que na segunda metade do século XVIII foi o primeiro a estudar o tipo particular de rocha predominante nesta região, batizando-a de "dolomita". O mineral dá às montanhas uma tonalidade clara particular - razão pela qual as Dolomitas também recebem o nome de "montanhas pálidas".
Em 26 de junho de 2009, a UNESCO incluiu as montanhas de calcário localizadas no nordeste da Itália na prestigiosa lista do Patrimônio Natural Mundial por sua beleza monumental. Com este ato, as Nações Unidas reconheceram oficialmente, por meio de sua organização para a educação, ciência, cultura, as peculiaridades e a singularidade das Dolomitas.
Além das dolomitas, a beleza natural da cidade encanta e traz uma sensação de aconchego para quem visita o lugar:
Você sabe o que é Tarkashi?
É uma intársia muito particular e muito rica, feita com elementos de prata, cobre e madrepérola sobre superfícies de madeira de vários objetos, desde caixas de joias até pingentes. Teve seu maior desenvolvimento no norte da Itália. Foi trazida à Cortina por um viajante inglês durante os anos 1800 e, devido a grande destreza dos artesãos locais, adquirida nas fazendas e incentivada pelo Império Austro-Húngaro, fez questão de que se desenvolvesse de forma importante, chegando até a se tornar uma disciplina de ensino na Escola de Artes local e a fazer com que várias lojas com numerosos trabalhadores abrissem. Hoje, infelizmente, quase não há ninguém para dar continuidade a essa cultura. No vídeo abaixo Stefano Cantiero entrevista Ingrid, uma das poucas artesãs que ainda se dedica à arte Tarkashida, com infinita paciência a rastrear os feitos dos mestres do passado.
Lindo, né? Que bom que ainda resta uma artesã que preserva a história local.
Fiquem bem. Cuidem-se.
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