E já dizia Raul que Júlio César não fosse ao Senado

Ocorreu no último domingo a sessão de cinema italiano promovida pela Anea-Brasil, em parceria com o Hotel Dall'Onder e Atuaserra. Nessa oportunidade, exibimos o filme Cesare deve morire, de Paolo e Vittorio Taviani. Os cineastas documentaram por seis meses a montagem teatral do diretor Fabio Cavalli, desde os testes para o elenco até os ensaios e a encenação no cárcere de Rebibbia.  
A peça teatral escolhida foi Júlio César de Shakespeare, sendo dessa forma, encenada pelos próprios presidiários. O filme se passa dentro do presídio. O interessante é que os presidiários acabam se relacionando com a estória da peça, visto que traições, conspirações e assassinatos, fazem parte da sua vida, assim como na peça.
Os atores conseguem transmitir ao público uma emoção tocante e além disso, atuam de forma vigorosa. Tudo isso é retratado no cotidiano dos presidiários: o abrir e fechar das celas, os corredores do presídio, os momentos em que estão no pátio sob o sol .
Parte do filme foi filmada em preto e branco, o que contrasta algumas cenas e transparece a vida cinza que se passa dentro do presídio.
Trouxe ainda frases que ficaram conhecidas no nosso cotidiano como “Até Tu, ó Brutus” (para expressar espanto com a traição de alguém muito próximo - no caso, a traição de Brutus perante Júlio César) e “Idos de março” (data em que foi assassinado Júlio César).
Outra frase marcante foi a do ator e produtor Cosimo Rega, que interpreta Cássio na peça “No momento em que conheci a arte, esta cela se tornou uma prisão”.
Seguem algumas fotos:

Júlio César foi um grande imperador romano, as pessoas o saudavam com o tradicional Ave César!, cuja frase completa seria Ave Caesar morituri te salutant (Salve César, saúdam-te aqueles que morrerão). Para encerrar a postagem, não poderia faltar a música Al Capone, de Raul Seixas:
Hei, Julio Cesar, vê se não vai ao senado
Já sabem do teu plano para controlar o Estado 



Até a próxima sessão!

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